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Cyclopaedia

Os desenhos de “Cyclopaedia” são feitos com grafite sobre papel, em um processo de repetição: desenhar, cobrir o desenho com grafite e apagar. Essa ação é repetida várias vezes, de forma a deixar as figuras quase como uma sombra, um espectro, ocultas em camadas de grafite, que cobre e dá forma ao desenho.


Os trabalhos partem de reflexões sobre escritos, esboços, desenhos, estudos e teorias, como os estudos anatômicos de Andreas Vesalius e Juan Valverde de Amusco, anotações de Leonardo da Vinci, projetos de maquinários, esboços e anotações de artistas como Robert Smithson ou mesmo ilustrações de livros científicos. Levantam-se relações dicotômicas entre os desenhos e o ato de escrever, trabalhando a escrita como movimento gestual e gráfico. Abrindo mão dos signos linguísticos, a escrita aparece apenas como elemento visual, que se perde entre as camadas de grafite.


As relações de visível e legível, as dificuldades de comunicação e a perda da imagem, assim como a dificuldade de visão e o distanciamento, as relações entre texto e imagens ocultadas pelas camadas de grafite, o ato de apagar, velar e refazer são as ações construtoras do trabalho.

Vista da exposição "Mutations". Tiwani Contemporary. Londres-UK

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